quarta-feira, 29 de julho de 2015

ALIMENTOS GENETICAMENTE MODIFICADOS E IMPLICAÇÕES À SAÚDE PÚBLICA (GENETICALLY MODIFIED FOOD AND IMPLICATIONS TO PUBLIC HEALTH)

Claudionor Alves da SANTA ROSA
07/28/2015

O enorme número de antígenos alimentares, a presença de aditivos e contaminantes de natureza química ou bacteriológica está causando elevada frequência de reações adversas aos alimentos1.
Na presença de substância estranha ao organismo (antígenos), o organismo produz proteínas de defesa, os anticorpos, conhecidos como imunoglobulinas, com a função de protegê-lo. Com a exposição a um determinado antígeno, as células atingidas secretam substâncias denominadas de mediadores e servem para ativar ou aumentar aspectos específicos da inflamação17.
A inflamação é um dos mecanismos de defesa do organismo a uma resposta do tecido vascularizado a uma agressão local, sejam bactérias ou fragmento dela, fungos, vírus, parte de um organismo mais complexo como um parasita, necrose, neoplasia, mudanças de temperatura, produtos químicos e outras substâncias, com envolvimento de células do conjuntivo, do sangue e do plasma, mas pode ela própria ser uma doença ou às vezes ter efeitos clínicos indesejáveis 3,16,17.
A maioria das reações aos alimentos é de natureza alérgica (asma, eczema, rinite e anafilaxia e outras) e se deve a reações de hipersensibilidade a seus componentes3. É uma resposta imunológica exagerada a estímulos imunológicos, que se desenvolve após a exposição a um determinado antígeno4. As manifestações clínicas da alergia alimentar dependem do órgão afetado1.
A Incidência e prevalência da alergia alimentar foram motivos de estudos por Altmann & Chiaramonte6, Bock & Dorion7, Crespo et al. 8, Bricks1, Silva18, IUATLD & ISAAC35 e outros. Estima-se que mais de 20% da população mundial sofre de doenças alérgicas mediadas por IgE27.
As Doenças e sintomas comumente associadas àsalérgicas são: asma31, rinite alérgica33, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica35, eczema atópico36,37,38, reação anafilática, urticária e angioedema, eritema, prurido periocular, lacrimejamento, rinorréia, congestão nasal e, mais raramente, hiper-reatividade brônquica17 e probabilidades de contrair doença degenerativa34.
Na anafilaxia generalizada, além dos sintomas cutâneos, respiratórios e gastrointestinais, o paciente pode apresentar hipotensão, colapso cardiovascular e disritmia cardíaca. Esse quadro é mais comum em indivíduos asmáticos e que já apresentaram reações prévias ao alimento39 e infecções persistentes, cuja exposição prolongada a agentes com potencialtóxico, exógenos ou endógenos e auto-imunidades, os auto antígenos, desencadeiam uma reação imunológica que se auto-perpetua, causando lesão tecidual e inflamação crônica, que é a causa de dano tecidual de determinadas doenças, como a artrite reumatóide, arteriosclerose e tuberculose 17.
Por diversas razões de ordem etiopatogênica e epidemiológica, tem-se verificado, nos países desenvolvidos, um crescimento das incidências e prevalências de asma, calculado entre 20 e 50% em cada década, ultrapassando largamente, em alguns países, esta cifra, e, a nível mundial, pela morte evitável de 100.000 indivíduos por ano31. A prevalência estimada de asma no Brasil (21%) coloca-o em 8º lugar no ranking mundial30.
Nos Estados Unidos, a cada ano 140 pessoas morrem por anafilaxia a alimentos ou a picadas de insetos, e 4000 morrem por asma. Dados norte-americanos apontam para um custo total anual de mais de 6 bilhões de dólares associados a asma naquele país18.
No Brasil, aproximadamente 2000 pessoas morrem por asma a cada ano28. A mortalidade dobrou de 0.3 para 0.6/100.000 habitantes no período de 1970 para 199629. Um terço das mortes por asma notificadas ocorreu entre crianças com menos de 15 anos e mais da metade das mortes foram notificadas no grupo etário maior que 55 anos30.
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), a asma atinge cerca de 150 milhões de pessoas no mundo e, entorno de 50% dos adultos e, pelo menos 80% das crianças, são alérgicas, o que causa uma enorme pressão sobre os recursos de saúde em muitos países, por ser uma das principais causas de internações por doenças crônicas em crianças no mundo ocidental27.

Os alimentos transgênicos e a resposta imunológica
Desde 1970, tornou-se possível modificar as informações genéticas de organismos vivos, por transferência de uma ou mais partes do gene, de DNA diretamente entre si. Essas transferências tornaram-se uma ferramenta em pesquisa biológica e já são a base de um considerável número de aplicações comerciais em droga e desenvolvimento de alimentos que envolvem a transferência de genes a partir de outras espécies de plantas, ou a partir de um organismo completamente diferente, tal como uma bactéria ou vírus2.
Os estudos realizados para análise dos efeitos em seres humanos e animais em relação ao consumo dos alimentos geneticamente modificados não contemplam vários experimentos de biossíntese21,22, de tecnologia recombinante21 e pós-translacionais15,19,20. Somente a biossíntese de moléculas pode ser tóxica, alergênica ou mesmo carcinogênica21.
Estudos apresentados por Prescott et al. mostram que ervilhas Geneticamente Modificadas (GM) tem o potencial de resposta imunitária em ratos, com produção de anticorpos para a proteína, reações alérgicas, reação do tipo asmática com estreitamento e inflamação das vias aéreas e inflamação dos pulmões com a secreção excessiva de muco e à modificação pós-translacional15, tendo como consequência a suspensão da comercialização das ervilha GM13. Com esses dados percebe-se que o alimento GM não é uma opção segura, dada a atual falta de compreensão das consequências21.
Em essência, as culturas GM alergênicas e com potencial imunogênico de culturas GM atualmente aprovados não são conhecidos13.
Nos EUA, onde, depois de dez anos de comercialização de transgênicos, ainda não existe uma vigilância pós-mercado para reações alérgicas13 o que coloca em risco indivíduos pré-dispostos geneticamente, hipersensíveis ou mesmo desencadear em outros que não fazem parte do grupo tradicional de risco.
Portanto, alimentos GM não oferecem segurança alimentar sustentável à população, dada à inexistência de estudos voltados à prevenção, proteção e minimização de riscos inerentes ao consumo dos produtos GM, visando preservação da saúde pública e conservação do meio ambiente, uma vez em que as implicações que a tecnologia transgênica em termos de biossegurança não é atualmente conhecida, pois, tanto o setor privado como o poder público não monitoram e/ou avaliamo uso e pós-uso dos produtos geneticamente modificados13.
Os riscos e benefícios associados com tecnologias GM são difíceis de quantificar, uma vez que, os recursos para pesquisa diminui no setor público e estes são realizados pelo setor privado, cujos interesses são econômicos11 e poucas pesquisas independentes foram realizadas para estabelecer a sua segurança em longo prazo. O sistema de aprovações de novos alimentos GM na Europa está centralizado nos argumentos e pesquisas apresentadas pelas próprias empresas de biotecnologia que estão tentando obter a aprovação para os seus produtos13.
Como não são identificados os tipos de alérgenos em resposta imunológica nos pacientes, as indústrias, convencionais ou transgênicas, ficam ilesas de possíveis sanções processuais por danos causados aseus consumidores.
Portanto, o uso e consumo de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) é inseguro para as tecnologias atuais e, como cada organismo reage de uma forma diferente de outro, afirmar que uma substância estranha ao organismo jamais causará adversidade em seu consumo, é sacrificar a população em prol defins econômicos ou trata-se somente de “pesquisas simplistas” sem valor científico.
Dessa forma, pode-se concluir que as tecnologias atuais ainda não possuem capacidade de monitorar e avaliar possíveis riscos e impactos na saúde pública na utilização dos OGM.
Porém, até que isso não ocorra, pelo princípio da precaução, para preservação da saúde pública, não deve haver novas aprovações de culturas e alimentos GM e, existentes aprovações, devem ser suspensas.
Países pobres precisam desenvolver e absorver tecnologias sustentáveis que venham aumentar suas lavouras de modo seguro, tanto na saúde pública como ambiental. É necessário que invistam em tecnologias sustentáveis ou firmem cooperação tecnológica com outros países que possuam essas tecnologias.
Somente na Austrália no ano de 2008, os australianos desperdiçaram nada mais nada menos do que 5.3 bilhões de dólares ou 3 milhões de toneladas de alimentos40. Portanto, um amplo planejamento na produção de alimentos com diminuição dos desperdícios em todo o mundo, seria uma ótima alternativas, não somente para os países em desenvolvimento, como para todo o planeta, sem aumento de produção e de área agricultável, o que daria um ganho valoroso à saúde da população.

Referências
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